Quando ganhei de presente, em 2011, o livro “Maus” de Art Spiegelman,
não fazia ideia de como esse universo que mistura livros de romance, com fatos
históricos e quadrinhos iria ganhar a minha preferência na literatura. Tudo bem
que até agora eu só li dois livros do gênero, mas estou à caça de mais e, assim
que tiver a oportunidade, vou adquirí-los.
Então, vamos começar do início. Maus ("rato", em alemão) é a
história de Vladek Spiegelman, judeu polonês que sobreviveu ao campo de
concentração de Auschwitz. O que comove no livro é saber que aquela é uma
história real e está sendo narrada pelo autor ao próprio filho.
A história tem seus personagens bem definidos, distintos e
bem taxativos sobre a impressão que Art teve sobre cada grupo. Os judeus são
desenhados como ratos e os nazistas ganham feições de gatos; poloneses
não-judeus são porcos e americanos, cachorros.
Alternando a história entre passado e presente, o leitor é
conduzido de forma crua à guerra e a todos os males e consequências que ela
traz. A ausência de cor, o clima de tensão que é empregado nos desenhos e nos
diálogos, carrega de forma incisiva os horrores a brutalidade do Holocausto.
Originalmente, as histórias foram lançandas em tiras na revista
Raw. Depois, as publicações foram reunidas em duas partes, a primeira em 1986 e
a segunda em 1991. No ano seguinte, Maus ganhou o Prêmio Pulitzer de
literatura.
Semana que vem eu trago outro livro que me surpreendeu e
ganhou a minha admiração, Persépolis.